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terça-feira, 5 de abril de 2011

VASCO DA GAMA

História do CR Vasco da Gama

INTRODUÇÃO

A História gloriosa do Club de Regatas Vasco da Gama está repleta de fatos importantíssimos. Nosso Clube tem escrito uma das mais belas páginas do desporto brasileiro. Tornou-se uma tarefa das mais difíceis escolhermos dentre tantos feitos algum que pudesse vir a ser a abertura da história vascaína. Acabamos por pinçar, em meio a tantos acontecimentos relevantes, o ato praticado pelo Dr. José Augusto Prestes, Presidente do Vasco em 1924, que não permitiu que o nosso Clube se sujeitasse às coações no sentido de excluir dos seus quadros os atletas negros bem como os de origem humilde. Reproduzimos, a seguir, a carta magistral do nosso então Presidente, um documento com a marca do pioneirismo, independência e, acima de tudo, justiça social, que caracterizam o Club de Regatas Vasco da Gama.

Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261

Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.
Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.
Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.
São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.
Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.
Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado

(a) Dr. José Augusto Prestes
Presidente
1898 - A FUNDAÇÃO


Francisco Gonçalves,
o 1° presidente do Vasco

O século XIX estava com os dias contados.
Prudente de Morais, o terceiro presidente de nossa República, encerrava o seu mandato. O Rio de Janeiro, Distrito Federal, com pouco mais de 500 mil habitantes, era o lugar preferido de jovens que participavam de saraus e recitavam poesias. Nesse ambiente cultural, o remo era um dos únicos esportes com algum destaque na cidade. Aos domingos, uma pequena e educada multidão se agrupava nos arredores do Passeio Público e da Rua Santa Luzia para ver, nas águas limpas da Baía de Guanabara, competições entre os barcos de clubes e seus remadores.

Nessa época, quatro jovens - Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre d `Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Souza Júnior - , cansados de viajar a Niterói para remar com barcos do Club Gragoatá, decidiram fundar uma agremiação de remo.

Depois de uma reunião na casa de um deles, à Rua Teófilo Ottoni 90, o número de interessados aumentou, e os encontros foram transferidos para o Clube Recreativo Arcas Comercial (Rua São Pedro). A idéia era conseguir a adesão de caixeiros portugueses, que gostavam de esportes e não tinham dinheiro para o ciclismo, em voga na época.

Chegara a hora da fundação. Com 62 sócios assinando presença, no dia 21 de agosto de 1898, no Clube Dramático Filhos de Talma (Rua da Saúde, 293) nascia um gigante chamado Club de Regatas Vasco da Gama. A reunião foi presidida por Gaspar de Castro, que convidou para secretariá-lo Virgílio Carvalho do Amaral e Henrique Teixeira Alegria.


O REMO, A PRIMEIRA MODALIDADE ESPORTIVA

A aquisição dos barcos era prioridade para o Vasco. Os sócios se cotizaram e, com muito esforço, conseguiram comprar as baleeiras Zoca, Vaidosa e Volúvel, que estavam de acordo com as especificações determinadas pela União de Regatas Fluminense, entidade que regulava os esportes náuticos no Rio.

Em 04 de junho de 1899 o Vasco venceu sua primeira regata, na classe novos, com o barco Volúvel, de seis remos. O páreo, denominado Vasco da Gama, em homenagem ao novo clube, foi vencido com uma guarnição composta pelo patrão Alberto de Castro e os remadores José Lopes de Freitas, José Cunha, José Pereira Buda de Melo, Joaquim de Oliveira Campos, Antônio Frazão Salgueiro e Carlos Batista Rodrigues.

O ano de 1900 foi um marco na histórica rivalidade com o Flamengo. No primeiro páreo da história do remo no Brasil, e que levava o nome do clube da Gávea, a embarcação do Vasco foi a vencedora.

O destino do Vasco sempre foi a vitória. Com empolgados torcedores assistindo às competições no varandim construído por Pereira Passos às margens da Baía de Guanabara, o primeiro título estadual não demorou. E veio em dose dupla, 1905 e 1906. No ano do bi, dia 26 de agosto, os remadores vascaínos deram outro duro golpe no rival, vencendo mais uma vez um páreo com o nome Club de Regatas do Flamengo.

O primeiro tricampeonato do Vasco e da história do remo carioca veio em 1912, 1913 e 1914, com as embarcações Meteoro e Pereira Passos.

1904 - UM DESAFIO AO RACISMO

Os vascaínos elegeram o primeiro presidente não-branco da história dos clubes esportivos em atividade no Rio. Numa época em que o racismo dominava o esporte, Cândido José de Araújo, um mulato que não dispensava a elegância de um cravo branco na lapela, fez uma gestão exemplar, apresentando o Vasco como um clube aberto e sem preconceitos.

1915 - NASCE O FUTEBOL NO VASCO

Com o sucesso no mar, era hora de colocar a bandeira vascaína no topo de outras modalidades esportivas.

Trazido da Inglaterra, o futebol, depois de um começo tímido nos primeiros anos do século, vinha ganhando força e popularidade junto aos cariocas. Em 1913, um combinado português veio ao Rio a convite do Botafogo para disputar alguns amistosos. O relativo fracasso do time na excursão não foi suficiente para aplacar a empolgação da colônia lusa com o esporte bretão. Em pouco tempo, os portugueses radicados no Rio formaram seus clubes para a prática dessa modalidade esportiva: o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia. Dos três, o único que conseguiu manter-se foi o Lusitânia, justamente um clube cujo estatuto só autorizava portugueses nos quadros.

A diretoria do Vasco, interessada desde o início da década em formar um time de futebol, vinha tentando seduzir o escrete luso a se fundir ao clube de regatas. O empecilho era a restrição da nacionalidade, pois as regras do Vasco afirmavam a união de irmãos de todas as raças, mas a norma da Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA), que promovia o futebol no Rio, impedia a participação de clubes sem brasileiros em seus quadros. O Lusitânia cedeu e aceitou a fusão.

No dia 26 de novembro de 1915, nascia o futebol do Vasco. Pouco mais de cinco meses depois, no dia 3 de maio de 1916, vestindo uma camisa preta com a Cruz da Ordem de Cristo - equivocadamente chamada de Cruz-de-Malta - à altura do coração, o time do Vasco estreou, no campo do Botafogo, contra o Paladino Futebol Clube, na Terceira Divisão da Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA). O resultado não foi muito animador: goleada de 10 a 1 para os adversários. O gol de honra dos cruzmaltinos, primeiro gol da história do Vasco, foi marcado por Adão Antônio Brandão, um português que viera para o Rio de castigo, pois o pai não perdoava sua falta de gosto pelos estudos.


Adão marcou o 1° gol da história do Vasco.
Nos tempos do amadorismo, Adão marcou época no clube como um atleta polivalente, que se destacava tanto no futebol quanto em outros esportes, como atletismo, remo, natação e pólo aquático. Jogou futebol até 1933, quando o esporte se profissionalizou no então Distrito Federal.

O fracasso nos jogos iniciais não desanimou o time. A primeira vitória surgiu pouco tempo depois, no dia 29 de outubro de 1916: o Vasco venceu a Associação Atlética River São Bento por um magro, porém convincente, marcador de 2 a 1. Os gols que deram a alegria aos vascaínos foram de Alberto Costa Júnior e Cândido Almeida. A partida, disputada no campo do São Cristóvão, na Rua Figueira de Mello, valia pontos para a Terceira Divisão da LMSA. No entanto, o resultado positivo não foi suficiente para melhorar a colocação e o time de São Januário terminou em último lugar.

Em 1917, a LMSA foi reformada e passou a ser denominada Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMTD). O número de participantes em cada Divisão aumentou para dez e os seis clubes da Terceira Divisão - inclusive o Vasco - foram promovidos para a competição da Segunda. No campeonato daquele ano, o Catete ficou com o título, mas o time cruzmaltino começou a mostrar sua força, com nove vitórias em 16 jogos e a quarta colocação no total geral de pontos. No ano seguinte, o título foi conquistado pelo Americano, time da capital, mas o Vasco chegou ainda mais perto, terminando a disputa na terceira colocação.

Em 1919, o Vasco, mesmo com nove vitórias, chegou na quinta posição, deixando o título para o Palmeiras. No ano seguinte, um quarto lugar. No campeonato de 1921, a Liga Metropolitana reordenou as Divisões, separando a Primeira pelas categorias A e B. O Vasco foi conduzido para a B, e os bons resultados não demoraram a aparecer. Os cruzmaltinos chegaram perto mais uma vez, dois postos atrás do time campeão, o Vila Isabel.

1922 - CHEGANDO À PRIMEIRA DIVISÃO DO FUTEBOL

Em 1922 a redenção. O Vasco venceu a Série B em todos os quadros que disputou. Quem esteve no estádio da Rua Morais e Silva, no dia 17 de julho daquele ano, viu o time principal massacrar o Carioca, imputando-lhe um humilhante 8 a 3, e levantar a Taça Constantino, primeira na história do futebol do clube.

A equipe, comandada pelo rigoroso técnico uruguaio Ramón Platero, jogou com Nélson, Mingote e Leitão, Nolasco, Bráulio e Artur, Pascoal, Cardoso Pires, Torterolli, Claudionor e Negrito. O artilheiro foi Claudionor, que marcou quatro gols, seguido de Cardoso Pires, com dois. Pascoal e Torterolli fizeram um cada.

Muito mais do que um título, a goleada deu ao Vasco a chance de que precisava para estar entre os grandes, na Série A da Primeira Divisão, e mostrar seu valor. Com um time cada vez melhor e uma torcida que começava a mostrar sua força nos subúrbios do Rio, seria mais fácil do que se imaginava. Mas, antes, a equipe teria de enfrentar o São Cristóvão, último colocado da Divisão Principal em 22, para ganhar a vaga entre os grandes. Como houve empate sem gols, o Vasco ganhou a almejada promoção e o São Cristóvão não foi rebaixado.

1923 - O PRIMEIRO TÍTULO LOGO NA ESTRÉIA ENTRE OS GRANDES


O 1° time campeão entre os grandes
No ano seguinte, com os cariocas ainda chorando a morte de Ruy Barbosa, o time entrou na disputa pelo título principal do futebol da cidade. O Vasco, um clube desacreditado, vinha de um campeonato em que os oponentes eram times fracos. E enfrentaria os grandes, como Flamengo, Fluminense, Botafogo e América.

Mas um fato despertou curiosidade. Enquanto os times que disputavam a Série A eram formados exclusivamente por jovens da elite carioca, o Vasco chegava ao campeonato recheado de jogadores negros e de operários, todos arrebanhados nos terrenos baldios dos subúrbios cariocas. O técnico Ramón Platero submetia os jogadores a um ritmo alucinante de treinos, fazia-os correr diariamente do campo do Vasco, então na Rua Morais e Silva, na Quinta da Boa Vista, até a Praça Barão de Drumond, em Vila Isabel. Os demais grandes, apesar de instigados, não notaram a força do time do Vasco.

Depois de um empate em um gol com o Andaraí, em General Severiano, a nau vascaína se aprumou no campeonato e foi esmagando seus adversários, sempre utilizando uma técnica infalível. Como o preparo físico do time era evidentemente superior ao dos outros, Platero fazia seu time levar o primeiro tempo em ritmo lento, para, no segundo, arrasá-los. Todas as 11 vitórias no campeonato foram alcançadas nos últimos 45 minutos.

No fim do primeiro turno, o Vasco já apresentava números assustadores para os adversários: seis vitórias e apenas um empate, na estréia no campeonato. A equipe cruzmaltina seguia seu caminho de sucesso também no segundo turno, quando encontrou pela frente seu já conhecido rival de Regatas, o Flamengo. Na primeira vez na história em que os dois times se enfrentaram, no turno anterior, o Vasco chegara à vitória pelo marcador de 3 a 1. Os camisas pretas - apelido dado aos jogadores vascaínos por causa do uniforme - vinham massacrando seus adversários e o time rubro-negro seria apenas mais um a cair.

Domingo, 8 de julho de 1923. O título Clássico dos Milhões, que mais tarde nomeou o confronto entre os dois rivais, já poderia ter sido inventado naquela tarde, no campo do Fluminense, na então Rua Guanabara.

A Liga Metropolitana, responsável pela organização do campeonato e de olho na grande arrecadação, pos ingressos demais à venda. O resultado foi contado nos jornais da época. " Mais de 35 mil pessoas, sem exagero, encheram as vastas dependências do tricolor", escreveu "O Imparcial". Com todos os espaços reservados ao público preenchidos, muitos torcedores pularam a grade que separava o campo para assistir ao jogo da pista de atletismo. O interesse naquela partida era justificável: os vascaínos vinham vencendo todos os clubes cariocas e o que se viu naquela tarde foi uma reunião de torcedores de todos os times contra os terríveis camisas pretas.

O Flamengo largou na frente e logo depois ampliou a vantagem para 2 a 0. No início do segundo tempo Cecy diminuiu, mas em seguida os rubro-negros ampliaram o marcador. A quatro minutos do fim Arlindo descontou mais uma vez para o Vasco, deixando o marcador em 3 a 2. Na seqüência, houve uma forte pressão dos vascaínos, mas o Flamengo conseguiu sustentar o resultado. O jogo criou uma polêmica histórica. Os cruzmaltinos afirmam, até hoje, ter havido um terceiro gol, mal anulado pelo árbitro. Mas não há qualquer registro desse lance na imprensa carioca.

Resta a dúvida na cabeça de alguns vascaínos: será que, como a torcida que lotava o estádio, os jornalistas também torciam contra os camisas pretas? No entanto, a derrota para o rival não abalou a confiança do Vasco que partiu com tudo para buscar o título.

Bem alimentados pelas refeições que faziam no restaurante Filhos do Céu, na Praça da Bandeira, e bem dispostos, graças ao repouso oferecido no dormitório do Clube, os jogadores cruzmaltinos enfrentaram, a seguir, América, Fluminense e São Cristóvão. Rubros e tricolores caíram na mesma tática das demais vitórias vascaínas e foram liquidados, no segundo tempo, pelo suficiente placar de 2 a 1. Uma vitória sobre o São Cristóvão, na penúltima rodada, daria o título por antecipação aos cruzmaltinos. Por isso mesmo, o adversário partiu para cima e marcou primeiro, ampliando a vantagem logo a seguir. Com 2 a 0 no placar, o público que torcia contra o Vasco acreditava que a parada estava ganha. Contudo, mais uma vez, a estratégia de Ramón Platero funcionou e, na etapa final, o time entrou com mais fôlego e virou a partida para 3 a 2, com um gol de Cecy e dois de Negrito.

Os camisas pretas, no seu ano de estréia na Série A da Primeira Divisão, tornavam-se campeões com todos os méritos possíveis, com o seguinte time base: Nélson, Leitão e Mingote, Nicolino, Claudionor e Artur, Pascoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito.

1923 - O VASCO CRIA O BICHO NO FUTEBOL

Nesse campeonato o Vasco instituiu uma forma criativa de pagamento aos seus jogadores. Nos mercados de secos e molhados da Saúde e da Rua do Russel, os portugueses tinham o hábito de apostar nas vitórias do Vasco.

Como quase sempre venciam, decidiram dividir o lucro com os jogadores. Contudo, os atletas não poderiam receber em dinheiro, já que eram amadores. Criou-se, então, uma tabela que rendia uma premiação de animal, de acordo com a importância do adversário que o Vasco vencia. O América, o campeão em 22, valia uma vaca com quatro pernas. O Flamengo, bicampeão em 20/21 era merecedor de uma vaca com três pernas. Uma vitória sobre o tricolor carioca era trocada por duas ovelhas e um porco. Vencer o Botafogo e outros times também rendiam algum animal, sempre de galo para cima.

Estava então criado o bicho, um tipo de premiação por bom resultado em um jogo e que viraria uma instituição no futebol brasileiro.

1924 - UMA RESISTÊNCIA À DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SOCIAL

Enquanto na política o líder era o presidente Arthur Bernardes, no futebol a equipe vascaína vencia quase todas as partidas que disputava e também as competições. Depois de atropelar os adversários no ano anterior, em 1924 o Vasco já era o inimigo número 1 das demais torcidas cariocas. Um rival a ser batido, de qualquer maneira.

E já que era difícil batê-lo em campo, os dirigentes dos clubes rivais resolveram investigar as posições profissionais e sociais dos camisas pretas, pois o futebol ainda era amador e jogador não podia receber pela prática do esporte. Um verdadeiro golpe para tirar o Vasco das disputas.

Entretanto, os vascaínos driblaram com categoria as leis da Liga Metropolitana ao registrarem seus craques como empregados de estabelecimentos comerciais dos portugueses.

Não satisfeitos, os membros da sindicância da entidade resolveram fiscalizar a veracidade das informações. O tricolor Reis Carneiro, o rubro Armando de Paula Freitas e o rubro-negro Diocésano Ferreira se cansaram de bater às portas das firmas lusitanas e ouvir que os jogadores, ou melhor, funcionários, estavam realizando serviços externos.

A fiscalização das profissões dos jogadores era, na realidade, ilegítima. Por baixo dos panos, muitos atletas dos grandes clubes cariocas já recebiam para jogar. O que de fato incomodava os adversários era a origem daqueles jogadores: um time formado por negros, mulatos e operários, arrebanhados nas áreas pobres da cidade do Rio de Janeiro. E, ainda por cima, com o troféu nas mãos.

Depois de esgotadas todas as possibilidades de retirar o Vasco da disputa, pelo regulamento da Liga Metropolitana, os adversários apelaram para a criação de uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA). Aceitaram a inscrição de todos os grandes e, é claro, recusaram a dos vascaínos. Com um argumento nada convincente. Segundo os dirigentes adversários, o time cruzmaltino era formado por atletas de profissão duvidosa e o clube não contava com um estádio em boas condições.

Realmente, o campo da Rua Morais e Silva não tinha a estrutura que o Vasco merecia, mas não era esse o problema. Isso ficou claro na proposta feita pela AMEA, excluir 12 de seus jogadores da competição, justamente os negros e operários. O Vasco recusou a proposta por uma carta histórica de José Augusto Prestes, então presidente cruzmaltino, ao presidente da AMEA, Arnaldo Guinle:

"Estamos certos de que Vossa Excelência será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno de nossa parte sacrificar, ao desejo de filiar-se à Amea, alguns dos que lutaram para que tivéssemos, entre outras vitórias, a do Campeonato de Futebol da Cidade do Rio de Janeiro de 1923", argumentou Prestes. Ele prosseguiu defendendo seus atletas. "São 12 jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de suas carreiras. Um ato público que os maculasse nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles com tanta galhardia cobriram de glórias". E finalizou, decidindo não entrar na nova entidade: "Nestes termos, sentimos ter de comunicar a Vossa Excelência que desistimos de fazer parte da Amea".

Sem um campo em condições e vítima do racismo de seus adversários, restou ao Vasco disputar, com outros 21 times de menor expressão o campeonato da abandonada Liga Metropolitana de Desportos Terrestres. Dezesseis vitórias depois, sem nenhum empate ou derrota, os camisas pretas levantavam o bicampeonato sem dificuldades. No triangular final, no campo do Andaraí, o Vasco goleou por 5 x 0 o Engenho de Dentro e passou sem dificuldades pelo Bonsucesso, com uma vitória simples. O time-base era quase uma repetição do ano anterior, com apenas duas substituições: Nicolino por Brilhante e Arlindo por Russinho. Ramón Platero permanecia firme no comando.

No ano seguinte, graças à intervenção de Carlito Rocha, dirigente do Botafogo e árbitro da polêmica partida contra o Flamengo, em 1923, o Vasco foi admitido na Amea. O Clube mandava seus jogos no campo do Andaraí, onde é hoje o Shopping Iguatemi, mas seus dirigentes já se movimentavam para construir um belo estádio de futebol. E, por tabela, dar uma lição naqueles que um dia afastaram os camisas pretas da disputa com os grandes.
1927 - SURGE SÃO JANUÁRIO, O GIGANTE DA COLINA


O Estádio de São Januário
Diante de tanta discriminação, o Vasco iniciou uma campanha histórica de arrecadação de fundos entre associados e simpatizantes para a construção de um estádio à altura da grandeza do Clube. Na volta à Divisão dos principais times do Rio, em 1925, o Vasco fez boa campanha, 13 vitórias, três empates e duas derrotas, terminando em terceiro lugar. Em 1926, os camisas pretas chegaram ao vice-campeonato, ao vencerem 14 das 18 partidas disputadas.

Mas os vascaínos estavam muito mais preocupados em realizar o sonho de um estádio do que com o Campeonato Carioca. O tempo provaria que eles estavam certos, nos anos seguintes à inauguração de São Januário, o Vasco construiria um império respeitável de títulos e ganharia projeção internacional.

Em pouco tempo, as contribuições de torcedores e simpatizantes somavam 685 contos e 895 mil réis. O dinheiro era suficiente para a aquisição de uma enorme área em São Cristóvão. Com o terreno comprado, o próximo passo seria ainda mais difícil: arrecadar aproximadamente dois mil contos de réis para a construção do estádio. Outra vez, a força do povo falou mais alto e, em pouco mais de um ano, as obras se iniciavam.

Durante a construção surgiu uma pedra no caminho do Vasco. O presidente da República, Washington Luís, se negou a autorizar a importação de cimento belga - já utilizado na construção do Jockey Club -, mesmo sabendo que o país ainda não dispunha do produto para obras dessa grandeza. Os construtores, então, acharam uma solução criativa, na mistura de cimento, areia e pedra britada.

São Januário se tornaria não apenas um belo estádio, mas um marco na história da construção civil do país. Dez meses depois de lançada a pedra fundamental, o Estádio de São Januário era inaugurado em 21 de abril de 1927, com a presença de Washington Luís que, pouco tempo antes, havia dificultado a construção.

Era dia de festa e a parida inaugural do estádio. O time da casa recebeu o Santos, grande potência do futebol paulista àquela época, e foi derrotado por 5x3. O resultado negativo pouco importou. O que ficou foi a nova realidade do clube.

Até o ano de 1941, quando foi inaugurado o Pacaembu, em São Paulo, São Januário reinou absoluto por 14 anos como o maior e melhor estádio do Brasil.

JOGADOR VASCAÍNO MARCOU O 1º GOL OLÍMPICO NO BRASIL

Em março de 1928, o Vasco inaugurou os refletores e a arquibancada atrás de um dos gols, em amistoso contra o time uruguaio Wanderers. O Vasco venceu por 1x0, com um gol feito de cobrança de córner feita por Santana, entrando direto no gol uruguaio. Não há notícia anterior de um gol olímpico no Brasil. A jogada aconteceu pela primeira vez num duelo entre Uruguai e Argentina.

SURGE O GRITO DE GUERRA CASACA

Conta o benemérito vascaíno Francisco Rainho que, a essa época, o negociante João de Lucas, um vascaíno apaixonado, que mais tarde fundaria a Torcida Organizada do Vasco (TOV), costumava comemorar as vitórias de forma criativa. Como o Vasco reunia torcedores das mais diversas classes sociais, entre seus amigos de clube estavam membros da elite carioca, com suas casacas impecáveis. Para reverenciar esses senhores, João criou um refrão que se tornaria o grito de guerra do clube:

CASACA, CASACA, CASA-CASA-CASACA!
A TURMA É BOA É MESMO DA FUZARCA
VASCO! VASCO! VASCO!

1931 - PRIMEIRO CARIOCA NO EXTERIOR

Em 1931, o Vasco chegou ainda mais perto do título carioca. Na última rodada, com um ponto de vantagem sobre o América, o time cruzmaltino perdeu por 3x0 do Botafogo, enquanto o América vencia por 3x1 o Bonsucesso e garantia mais uma taça.

Neste campeonato, os vascaínos impuseram a maior goleada da história no rival rubro-negro, com um humilhante placar de 7x0. Só que não foi esse o fato mais marcante do ano em São Januário: o Vasco se tornou o segundo clube brasileiro - o Paulistano, de São Paulo, abriu as portas - e o primeiro carioca a ser convidado para uma excursão à Europa, mais precisamente a Portugal e Espanha.

Para reforçar a equipe, os dirigentes convidaram Nilo, Carvalho Leite e Benedito (Botafogo) e Fernando (Fluminense). Em 12 partidas, o Vasco venceu oito, empatou uma e perdeu três. Marcou 45 gols e sofreu apenas 18.

As conseqüências do sucesso vieram logo em seguida: os jogadores Fausto e Jaguaré foram contratados pelo Barcelona, um dos times que sofreram com a técnica dos camisas pretas.

1935 - NASCE O CLÁSSICO DA PAZ

Por causa de uma briga com o Flamengo, originada no remo, o Vasco abandonou a Liga e criou, com o Botafogo, a Federação Metropolitana de Desportos (FMD) filiada à CBD. Em 1935 o Vasco ficou com o terceiro lugar. No entanto, os camisas pretas ganharam novamente em 1936. O único time que fez frente foi o Madureira, em três partidas finais.

A reconciliação no futebol carioca aconteceu em 1937, graças à iniciativa dos presidentes de Vasco e América, respectivamente Pedro Pereira Novaes e Pedro Magalhães Corrêa, no dia 29 de julho foi criada a Liga de Football do Rio de Janeiro, unificando todos os médios e grandes clubes cariocas. Para comemorar a vitória fora de campo, os dois times s enfrentaram em São Januário, no dia 31 do mesmo mês, em partida de renda recorde na cidade. Desde então, o jogo entre os dois clubes ganhou o apelido de Clássico da Paz.

1945 - SURGE A FAIXA DIAGONAL


O Ataque de 45
O Vasco buscou os reforços de Augusto (São Cristóvão), Eli (Canto do Rio), Danilo (América), Ademir (Sport Recife), além de Lelé, Isaías e Jair (todos do Madureira). Com esses nomes, os cruzmaltinos montavam a base de um time que marcaria história no Vasco da Gama, no Brasil e no mundo.

A primeira providência de Ondino Vieira foi trocar as camisas da equipe. Com passagem anterior pelo River Plate, o técnico se inspirou no uniforme do time argentino e adotou uma faixa diagonal branca na camisa de cor preta. E, para os dias mais quentes, criou o modelo branco, que absorve menos calor, com a faixa preta. Era o fim dos camisas pretas e o início do Expresso da Vitória.
1947 - O EXPRESSO DA VITÓRIA

O Vasco vinha com um ataque de espantar qualquer defesa, Djalma, Maneca, Friaça (Dimas), Lelé (Ismael) e Chico. No comando da equipe, Flávio Costa, tricampeão (1942/43/44) pelo Flamengo substituía Ernesto dos Santos, que fracassara no ano anterior.

Depois de vencer com facilidade o torneio Estadual, marcando 40 gols em apenas dez jogos, o time continuou atropelando seus adversários no Carioca, estufando as redes 68 vezes em 20 partidas. No primeiro turno desse campeonato, o Vasco ganhou do Canto do Rio por 14x1, impondo a maior goleada da fase profissional do futebol carioca. O adversário ainda tentou evitar o vexame substituindo o goleiro no intervalo quando o jogo estava 5x0. Antes tivesse deixado o infeliz em campo.

No jogo mais difícil contra o Botafogo de Heleno de Freitas, um empate sem gols garantiu o título ao Vasco. O Expresso terminou o campeonato invicto, com sete pontos à frente do alvinegro.

1948 - VASCO CONQUISTA PRIMEIRO TÍTULO INTERNACIONAL PARA O BRASIL

Com a volta de Ademir ao time, um título muito especial estava reservado para o ano de 1948. O Vasco, como campeão do Distrito Federal de 1947, foi convidado pelo Colo Colo para disputar o Torneio dos Campeões Sul-Amaericanos, no Chile. Jogando contra grandes times de sete países do continente, em turno único, todos contra todos e contando pontos corridos, os cruzmaltinos não deram chances aos adversários e trouxeram o caneco para casa de forma invicta.

A conquista começou a ser desenhada na segunda partida, em que o Vasco aplicou um irreparável 4x0 no temido Nacional, do Uruguai, do artilheiro Atílio Garcia. Pintou em cores vivas quando a equipe de São Januário arrancou um empate em 1x1 com o time da casa. E virou realidade no heróico 0x0 contra o River Plate de Di Stéfano que marcara 27 gols no campeonato argentino daquele ano. Nesse jogo, que entrou para a história do Vasco, Barbosa pegou um pênalti e o árbitro anulou um gol do Vasco.

Esta conquista representou o primeiro título internacional do futebol brasileiro, seja de clube ou seleções, o que reforça o pioneirismo do Clube de São Januário.

1949 - RECORDE DE GOLS, MAIS UM CAMPEONATO INVICTO

Em 1949 o Vasco contou com a presença de Heleno de Freitas no comando do ataque. Se o time já havia assustado as defesas adversárias com goleadas históricas, nesse ano os goleiros perderiam a conta do número de vezes que buscariam a bola no fundo da rede. Foram 84 gols em apenas 20 jogos, um recorde. E mais um título invicto, ainda sob o comando de Flávio Costa.

O rival Flamengo, que desde 44 não ganhava do Vasco, voltou a sofrer com o Expresso. Os rubro-negros chegaram a fazer 2x0 no placar, em plena Gávea. Eufóricos, os flamenguistas davam como certa a vitória. No fim da partida, o placar anunciava 5x2 para os cruzmaltinos, para desespero do adversário.

1950 - A BASE DA SELEÇÃO, QUASE CAMPEÃ MUNDIAL DE 1950

O Brasil de 1950 com exibições de gala, mas por motivos políticos e da velha rivalidade Rio x São Paulo acabou perdendo o seu primeiro mundial em pleno Maracanã. A base da seleção brasileira era a equipe do Vasco, disparada a melhor do Brasil, com cinco jogadores em campo: Barbosa, Augusto, Danilo, Chico e o artilheiro da Copa do Mundo, o grande ídolo Ademir.

1950 -O EXPRESSO DA VITÓRIA E DAS GOLEADAS HISTÓRICAS


O Expresso da Vitória
No primeiro Campeonato realizado no Maracanã, o Vasco voltou ao hábito de marcar muitos gols. Logo no jogo de estréia, o São Cristóvão sentiu o sabor amargo de ser goleado: 6x0. Depois, os vascaínos, ainda atropelaram o Madureira (9x1), o Canto do Rio (7x0), o Bonsucesso (7x2) e o Fluminense (4x0) que no turno anterior havia derrotado o Vasco por 2x1. O último jogo foi contra o América, outro que derrotara o Vasco no turno. O Vasco venceu (2x1) e levou mais um título para São Januário.

A denominação Expresso da Vitória surgiu num programa esportivo e musical da Rádio Nacional, que contava com a participação de Lamartine Babo, entre outros. Lá pelas tantas, um cantor, ao se apresentar, disse que dedicaria a música ao Vasco, o Expresso da Vitória, um time que atropelava os adversários em campo. Quem contou essa história foi Ademir, em entrevista à "Folha do Esporte". O nome escolhido pelo cantor para homenagear a maior locomotiva de gols da história do Vasco não poderia ter sido mais oportuno. Com o fim do Expresso era a hora da renovação.

1953 - A RENOVAÇÃO

Em 1953, Vavá, Bellini, Sabará e outros jogadores de talento e força foram incorporados definitivamente ao time principal. O ano começou bem para o Vasco. No Quadrangular Internacional do Rio, disputado no Maracanã com Boca Juniors e Racing, ambos da Argentina, e Flamengo, os cruzmaltinos levaram o título com dois empates com os argentinos e mais uma goleada de 5x2 nos rubro-negros. Em seguida, foi para o Chile disputar o Torneio Internacional de Santiago. Venceu o colombiano Milionários e, mais uma vez, o Colo Colo, pelo suficiente placar de 2x1, sagrando-se campeão.

1958 - O PIONEIRISMO DO VASCO, MAIS UMA VEZ, NO GESTO DE BELLINI

Em 1958, ano de Copa do Mundo, o Vasco cedeu Bellini, Orlando e Vavá para ajudar a Seleção Brasileira a conquistar seu primeiro título de campeã. A competição foi na Suécia e a final, com os donos da casa. Após 90 minutos, Brasil 5x2, com dois gols de Pelé, um de Zagallo e dois de Vavá. Coube ao capitão da seleção, o nosso Bellini, erguer com as duas mãos e sobre a cabeça, a Taça Jules Rimet. Um gesto que se tornou famoso e depois acabou sendo copiado por todos os capitães cujas seleções já foram campeãs do mundo.
1958 - O SUPER-SUPERCAMPEONATO

O título do Brasil tornou o Carioca de 1958 especial. Com excelentes jogadores, o Vasco vendeu o campeão mundial Vavá para o Atlético de Madrid. Mas nem assim caiu de produção: os substitutos, como esperavam dirigentes, comissão técnica e torcedores, deram conta do recado. Ao final de dois turnos, Vasco, Flamengo e Botafogo estavam com o mesmo número de pontos ganhos. Foi realizado, então, um supercampeonato, em turno único, com os três jogando entre si. Depois de derrotar o Flamengo por 2 a 0, o Vasco perdeu do Botafogo, provocando um novo empate entre os três.

A saída foi disputar o Super-supercampeonato. Uma vitória por 2 a 1 sobre os alvinegros e um empate em 1 a 1 com os rubro-negros garantiu o tão sofrido e valorizado título para o time de São Januário.

1965 - TROFÉU QUARTO CENTENÁRIO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Dentro da inexpressiva década vascaína de 1960, o ano de 1965 talvez tenha sido um dos mais significativos para o time de São Januário. Em comemoração ao quarto centenário da Cidade do Rio de Janeiro, foi organizado um grande torneio contando com o Vasco, Flamengo e Seleção da Alemanha Oriental. O Vasco venceu o Flamengo e a seleção alemã, conquistando, de forma sensacional o título de Campeão do Troféu Quarto Centenário.

1974 - O PRIMEIRO TÍTULO DE CAMPEÃO BRASILEIRO


Jorginho Carvoeiro marca o gol do título.
A decisão, marcada anteriormente para o Mineirão, foi transferida para o Maracanã, pois no jogo anterior dirigentes do Cruzeiro, alegando um pênalti não marcado a favor da equipe mineira, invadiram o campo. Resultado, perderam o mando de campo e o jogo foi transferido para o Rio. O Cruzeiro de Piazza e Palhinha começou assustando, mas não demorou e o vascaíno Ademir estufou as redes. Na etapa final, Nelinho, chutando de longe, fez 1 a 1.

A agonia somente acabou aos 36 minutos, quando Alcir lançou Jorginho Carvoeiro que dividiu com o goleiro Victor e fez o gol do título. Dessa forma, com o seu pioneirismo, o Vasco carimbava mais uma página da história sagrando-se o primeiro Clube do Rio a ser Campeão Brasileiro.
1987/88 - O BICAMPEONATO CARIOCA

Em 1987 o país chora a morte do poeta Carlos Drumond de Andrade, entretanto, ao menos a alegria do futebol estava garantida pela dupla Roberto Dinamite e Romário. A equipe vascaína fez ótima Taça Guanabara chegando à decisão dom o Flamengo e precisando apenas de um empate. Atuou garantindo o 0x0 Após o vice da Tara Rio, o Vasco disputou o a final em um triangular com o Bangu e o Flamengo.

O time de Moça Bonita foi goleado por 4x0. Era a hora de acertar as contas com o Flamengo, não deu outra com uma exibição de gala, um passe sensacional de Roberto Dinamite, em uma das jogadas de maior beleza plástica que o Maracanã já viu, a bola veio limpa para Tita, ex-jogador do Flamengo, que mandou um balaço para as redes adversárias fechando o caixão do Flamengo. Melhor revanche, impossível. Vasco Campeão Carioca de 1987.

No Estadual de 1988, após o vice-campeonato da Taça Guanabara, o Vasco voltou a mostrar sua força e venceu a Taça Rio. Neste Estadual o Vasco iniciou uma série de vitórias em cima do Flamengo, chegando a fazer a quina, ao vencer cinco jogos consecutivos. A primeira (1x0) foi ainda na Taça Rio, gol do apoiador Henrique. Em seguida, já no terceiro turno, depois de vencer o Americano e empatar com o Fluminense, o Vasco ganhou do Flamengo por 3x1, com dois gols de Sorato e um de Vivinho.

Com esse resultado a equipe de São Januário jogaria a final em duas partidas com os rubro-negros, podendo até alcançar a quarta em razão do número de pontos necessários. No primeiro jogo da final, Vasco 2x1, gols de Bismarck e Romário. Na partida decisiva, por precisar somente do empate, o Vasco jogou recuado. Faltando cinco minutos para o fim do jogo, o técnico Sebastião Lazaroni tirou Vivinho e colocou em campo o Cocada. Logo após entrar o lateral direito deu um corte no zagueiro Edinho e fuzilou da entrada da área marcando o gol do título e entrando para a história do Clube.

1989 - O BICAMPEONATO BRASILEIRO

Em 1989, com a venda de jogadores para o exterior, o Vascão arrecadou dinheiro para montar um supertime. Bebeto foi tirado do Flamengo numa grande jogada dos dirigentes vascaínos, após um desentendimento entre o clube rival e o jogador. Para completar o elenco chegaram Luís Carlos Winck, Boiadeiro, entre outros.

Em excursão à França o Vasco derrotou a equipe francesa do Metz e o time iugoslavo Estrela Vermelha, ganhando o Torneio de Metz. Em seguida o time cruzmaltino chegou ao tri do Ramon de Carranza, derrotando o espanhol Atlético de Madri e o uruguaio Nacional. Era a hora de mais um Brasileiro. Mesmo com um ótimo elenco o Vasco demorou a engrenar no campeonato.

O time alternava partidas brilhantes com outras apenas razoáveis e o craque Bebeto era vítima de sucessivas lesões. O título de favorito já estava começando a cair por terra e quando ninguém mais acreditava o Vasco reagiu nas partidas, justamente, mais difíceis. Venceu o Corinthians, em São Paulo, e o Internacional, em Porto Alegre. Com a virada, foi à final com um ponto de vantagem sobre o São Paulo, o que lhe bastava uma vitória para sagrar-se Campeão.

O técnico Nelsinho reuniu o elenco e todos concordaram em jogar a primeira fora de casa. Caso perdessem, fariam a final no Maracanã. No jogo do Morumbi o Vasco usou a estratégia de deixar o São Paulo vir para cima e explorar os contra-ataques em alta velocidade. Aos cinco minutos da etapa final, após cruzamento de Winck, Sorato cabeceou com violência no canto direito do goleiro Gilmar, marcando o gol do título. O goleiro Acácio, em tarde inspiradíssima, fez defesas magistrais. O Vasco ganhava o seu título de bicampeão Brasileiro.

1992/93/94 - O TRICAMPEONATO ESTADUAL

Com o Maracanã interditado para obras, depois do grave acidente na final do Brasileiro de 1991, o Estádio de São Januário serviu de palco para os grandes jogos do Rio.

Foi um título invicto, após vencer os dois turnos disputados, sem a necessidade de final. A equipe garantiu a conquista com uma vitória por 1x0, gol de Valdir contra o Bangu.

No último jogo da competição, um empate com o Flamengo em 1x1 serviu de pano de fundo para um momento de emoção para os torcedores do Vasco, Roberto fazia sua despedida dos campos em jogos do Carioca. Maior goleador do clube em todos os tempos, foram 698 gols em 1.110 jogos com a camisa cruzmaltina. Dinamite saiu dos campos com a mesma simplicidade que o fez alcançar o sucesso.

Em 1993, depois de ser vice na Taça Guanabara o Vasco recuperou-se, venceu a Taça Rio e ganhou o direito de disputar as finais. Depois de uma vitória para cada lado, o Vasco jogou para segurar o empate contra o Fluminense e saiu de campo com o título de bicampeão estadual.

O ano de 1994 foi marcado pela passagem relâmpago de Dener por São Januário. Jogador em que os vascaínos depositavam muita esperança, ela acabou tendo carreira curta. Morreu, tragicamente num acidente automobilístico na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio. O craque fez apenas 12 jogos e três gols, mas encantou os torcedores com o seu talento. Entretanto, não foi um ano só de tristezas, principalmente para a equipe vascaína, pois a conquista da Taça Guanabara com um humilhante 4x1 em cima do Fluminense foi apenas um bom prenúncio.

No jogo final contra o tricolor das Laranjeiras Jardel fez 2x0 e garantiu o título "Tri, Tri, o Vasco é Tri! Cantou eufórica a torcida vascaína em todo o Brasil.

1997 - O TRICAMPEONATO BRASILEIRO

Poucos torcedores vascaínos poderiam imaginar o espetáculo a que assistiriam em 1997. Edmundo, após passagens apagadas por Flamengo e Corinthians, estava na equipe. Mauro Galvão, que tinha contra si a idade avançada foi chamado para comandar a defesa. Evair, com o aval de Edmundo, chegou para formar a dupla de ataque com o craque. Até aí nada demais, só que Lopes resolveu mesclar esses jogadores com jovens formados no clube ou que já atuavam pelo Vasco.

Edmundo estabeleceu o novo recorde de gols em uma partida pelo campeonato brasileiro, assinalando seis gols na equipe do São João. Neste mesmo campeonato ele quebraria com seus 29 tentos o recorde de gols em campeonatos brasileiros.

Domingo de final, 21 de dezembro de 1997, noventa mil vascaínos se aglomeravam no Maracanã para ver o time enfrentar o Palmeiras e se sagrar tricampeão brasileiro. Um empate seria o suficiente. Depois do 0x0, o Vasco levantou o seu terceiro título Brasileiro.

1998 - O TÍTULO ESTADUAL DO CENTENÁRIO

Ano do Centenário, cem anos de glórias. A equipe perdeu Edmundo para a Fiorentina, Evair para a Portuguesa, mas trouxe Luizão que estava no La Coruña e Donizete, que jogava pelo Corinthians. As demais equipes chamadas grandes, como o Flamengo, Fluminense e Botafogo, em mais um ato espúrio no esporte brasileiro, desrespeitando o centenário do Vasco tumultuaram o campeonato, tentaram tirar o brilho, mas não adiantou, mesmo com WxO e outros recursos anti-esportivos, o Vasco foi campeão por antecipação jogando contra o Bangu em Moça Bonita.

Para sacramentar o ídolo que sempre foi, nada mais nada menos do que Mauro Galvão o autor do gol do título, já nos descontos de uma partida complicada que parecia caminhar para o 0x0. Ao contrário da torcida do seu maior rival, no ano do Centenário do Clube os vascaínos soltaram o grito: É Campeão!!!

1998 - O BICAMPEONATO SUL-AMERICANO NA LIBERTADORES

Depois de passar pelos mexicanos Chivas e América e por Grêmio e Cruzeiro, o adversário do Vasco nas semifinais seria o temido River Plate, que no ano anterior havia vencido até em São Januário pela Supercopa.

No Rio o gol de Donizete pareceu insuficiente para agüentar a pressão na Argentina. Em Buenos Aires o Vasco foi subestimado pelo técnico do River Plate, Ramón Díaz, que disse: "O Vasco não é grande coisa".

Com mais de 50 mil torcedores lotando o Monumental de Nuñez, o River vencia por 1x0 até os últimos minutos, quando Juninho em cobrança de falta magistral estabeleceu o empate e garantiu a vaga às finais da Libertadores. Para o primeiro jogo contra o Barcelona de Guaiaquil, o outro finalista, São Januário foi o estádio escolhido. Não sobrou nenhum dos 34 mil ingressos postos à venda.

Com gols de Donizete e Luizão, na vitória por 2x0, o Vasco partiu em busca do título. No Equador o time encontrou clima tenso, de guerra, com paus e pedras lançados da arquibancada. A pressão não foi suficiente para deter o Vasco. Luizão e Donizete, novamente, fizeram 2x0, o Barcelona diminuiu mas o Vasco sagrou-se Campeão da Taça Libertadores de 1998 e Bicampeão Sul-Americano de Futebol (1948 e 1998).

2000 - O TRICAMPEONATO SUL-AMERICANO - MERCOSUL

Uma conquista para ficar guardada na memória do torcedor vascaíno por muitos e muitos anos. Nem o mais esperançoso poderia imaginar que a equipe, comandada pelo astro Romário, em pleno Parque Antártica, poderia reverter um placar de 3x0, para 4x3, e sair de São Paulo com o título da Copa Mercosul. Mais uma vez o Vasco mostrou porque é o time da virada.

Mas quem acompanhou o início da competição sul-americana não poderia prever que o Vasco seria o campeão. Isso porque a equipe teve um início muito ruim e só conseguiu a classificação para a segunda fase graças a uma combinação de resultados.

Nas quartas-de-final, a equipe enfrentou o Rosário Central, da Argentina. No jogo de ida, em São Januário, vitória magra por 1x0, com gol de Juninho Paulista.

Na volta, em Rosário, um simples empate bastava para a equipe brasileira seguir em frente. Um gol do adversário já nos descontos levou a decisão para os pênaltis. E lá estava o jovem Hélton, que garantiu a vaga ao defender uma cobrança. Passado este sufoco, o Vasco foi para a semifinal enfrentar outra equipe argentina. Desta vez, o adversário era o River Plate. Só que o temor foi para o espaço no jogo de ida, em Buenos Aires. Uma goleada fantástica, por 4x1, calou a boca de todos.

Na volta, com a passagem para a final carimbada, o Vasco venceu por 1x0, só para mostrar que o massacre na Argentina não fora por acaso. Veio então a grande final contra o Palmeiras. A turma do arco-íris já dizia que o Vasco seria novamente vice.

No primeiro jogo, em São Januário, vitória por 2x0. Um simples empate na segunda partida bastaria para dar a volta olímpica. Porém a derrota por 1x0 em São Paulo levou a decisão para o terceiro e decisivo jogo. Aí, todos já sabem o que aconteceu...

Vasco Campeão da Copa Mercosul, na vitória de 4x3, a maior virada que se tem registro na história do futebol em uma decisão de campeonato.
VASCO, TRICAMPEÃO SUL-AMERICANO DE FUTEBOL!

2000 - O TETRACAMPEONATO BRASILEIRO

Mais uma final de campeonato. Mais uma chance de conquistar um título, o último do milênio. Mais um grito de campeão. Mas antes de tudo isso, os torcedores teriam que sofrer um pouco mais, vendo o Vasco superar o humilde São Caetano, zebra da competição.

De humilde e zebra, o Azulão do interior paulista não tinha nada. O outrora desconhecido Adhemar liderou o São Caetano, despachando três grandes do futebol brasileiro. Mas a vantagem de decidir a segunda partida em casa era do Vasco. Era a segunda decisão do técnico Joel Santana em menos de um mês.

A nau vascaína tinha o quarteto formado pelos Juninhos, Euller e o vice-artilheiro da competição, Romário, com 18 gols, além da segurança de Helton. Só isso bastava.

No primeiro jogo, em São Paulo, o time de São Januário deu muito espaço ao Azulão e acabou levando o primeiro. Entrou em cena a estrela de Romário, que empatou a partida em lance de puro oportunismo, dando ao Vasco a vantagem de jogar pelo empate em 0x0.

No dia 30 de dezembro de 2000, data da segunda e decisiva partida, houve um infeliz acidente com o alambrado de São Januário. Depois de muita discussão a nova e decisiva partida foi marcada para o dia 18 de janeiro, no Maracanã.

Com o Maracanã tomado pelos vascaínos a equipe sagrou-se Campeã, mais uma vez, conquistando o Tetracampeonato Brasileiro ao abater a equipe do São Caetano pelo placar de 3x1.

DE 2001 A 2007

O novo século parecia trazer ainda mais conquistas para o Vasco. O título Brasileiro de 2000 foi decidido apenas em janeiro de 2001 e o Vasco sagrou-se tetracampeão nacional. No entanto, a força que o clube demonstrou nas temporadas anteriores com a montagem de um amplo projeto olímpico, além da pujança no futebol, passou a incomodar, especialmente àqueles que jamais se conformaram com o sucesso de uma administração tradicional.

Alguns setores se uniram no projeto de inviabilizar a nossa instituição sufocando-a financeiramente. Em 2001 e 2002 o Vasco ficou sem receber cotas referentes ao direito de transmissão da televisão. Além disso, notícias falsas dando conta de que o Vasco rumava para a insolvência foram espalhadas pelo mercado, dificultando negociações com potenciais patrocinadores.

Como se tornou comum ao longo de nossa história, resistimos para que pudéssemos nos manter vivos. Sem abrir mão do seu estilo administrativo, o Vasco renegociou suas dívidas, quitou débitos fiscais e celebrou um acordo em relação às cotas de TV que permitiram um desafogo nas dificuldades de financiamento dos projetos do clube.

A possibilidade de voltar a respirar foi imediatamente traduzida em mais um título Estadual, conquistado em 2003. Para chegar lá, o Vasco levantou a Taça Guanabara diante do Flamengo. Posteriormente, numa decisão contra o Fluminense (que conquistou o segundo turno), venceu o adversário nas duas partidas finalíssimas, por 2x0 e 2x1.

Mesmo lutando contra os obstáculos oferecidos de fora para dentro da administração, intento que continuou sendo levado à cabo por desafetos, o Vasco ampliou seu patrimônio e construiu um amplo projeto social para beneficiar muitos de seus atletas.

No campo patrimonial, merecem destaque o arrendamento do Vasco Barra, centro de treinamento de primeiro mundo situado em uma das zonas nobres da cidade do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca, a construção do Centro de Treinamento Almirante Heleno Nunes, na Rodovia Rio-Petrópolis, que contemplará as categorias de base (inaugurado em 20/08/2006), a ampliação do complexo desportivo de São Januário, com a anexação de um quarteirão inteiro, e a edificação de um hotel dentro das dependências do clube para a concentração dos jogadores antes dos jogos.

No vértice social, além da manutenção de uma equipe multidisciplinar (médicos, dentistas, fisiologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos) acompanhando todos os atletas, o clube passou a distribuir centenas de refeições por dia e a manter em alojamentos próprios jovens oriundos de outros estados brasileiros ou cidades fluminenses. E, no mais notável projeto desenvolvido por qualquer grande clube brasileiro, celebrou uma parceria com o grupo educacional Faria Brito, a partir do ano de 2004, a fim de manter um colégio de primeiro e segundo graus, permitindo aos atletas o encurtamento da distância entre estudo e prática desportiva.




















Para financiar novos projetos, o Vasco iniciou 2007 buscando o mercado através do seu Departamento de Marketing. Um dos sonhos da diretoria reeleita para mais um mandato é reconduzir o clube à principal competição sul-americana, a Taça Libertadores da América, primeiro degrau para o plano de chegar a mais uma disputa de título mundial, que esteve muito próximo no final dos anos 90.

quinta-feira, 17 de março de 2011

TORCEDORES DO BAHIA








TORCIDA DO BAHIA








SIMBOLOS DO BAHIA



Escudo

Principal elemento gráfico de identificação da marca do Bahia. É o símbolo mais tradicional do Clube. Formado pelas cores azul, vermelha e branca, relacionadas as da bandeira do Estado da Bahia. Foi criado em 1931, inspirado no distintivo do Corinthians/SP.

O Estatuto do Esporte Clube Bahia, em seu Artigo 8, letra b), define o escudo do clube como: “O escudo tem a forma de um círculo, com margens azul e branca, uma borda externa na cor azul, na qual consta o nome do Clube e o ano de fundação, e no centro a bandeira do Esporte Clube Bahia, podendo acima do escudo ser colocadas estrelas ou outros símbolos que representem títulos conquistados pelo Clube”.

Hino Oficial do Clube

Arranjo: Agenor Gomes
Autor: Adroaldo Ribeiro Costa
Somos da Turma Tricolor,
Somos a voz do campeão,
Somos do povo o clamor,
Ninguém nos vence em vibração!
Vamos, avante, esquadrão!
Vamos, serás o vencedor!
Vamos, conquistar mais um tento!
Bahia, Bahia, Bahia!
Ouve esta voz que é teu alento!
Bahia, Bahia, Bahia!
Mais um! Mais um, Bahia!
Mais um, mais um título de glória!
Mais um! Mais um, Bahia!
É assim que se resume a tua história!

TITULO DO BAHIA




Profissional


  • Campeão Brasileiro:
    • 1988.
  • Campeão da Taça Brasil:
    • 1959.
  • Vice da Taça Brasil:
    • 1961,
    • 1963.
  • Campeão Baiano 43 vezes:
    • 1931, 1933 e 1934 (Bicampeão),
    • 1936, 1938, 1940,
    • 1944 e 1945 (Bicampeão),
    • 1947, 1948, 1949 e 1950 (Tetracampeão),
    • 1952, 1954, 1956,
    • 1958, 1959, 1960, 1961 e 1962 (Pentacampeão),
    • 1967,
    • 1970, 1971 (Bicampeão),
    • 1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978 e 1979 (Hepta-Campeão),
    • 1981, 1982, 1983 e 1984 (Tetracampeão),
    • 1986, 1987 e 1988 (Tricampeão),
    • 1991,
    • 1993 e 1994 (Bicampeão),
    • 1998 e 1999 (Bicampeão),
    • 2001.
  • Campeão do Norte-Nordeste:
    • 1948,
    • 1959,
    • 1961
    • 1963.
  • Campeonato do Nordeste:
    • 2001 e 2002 (Bicampeão).
  • Campeão do Torneio Início do Estadual 8 vezes:
    • 1931, 1932 (Bicampeão),
    • 1934,
    • 1937, 1938 (Bicampeão),
    • 1951,
    • 1964
    • 1967.
  • Campeão da Taça da Amizade (Uruguai):
    • 1959.
  • Taça Bahia-Pernambuco:
    • 1993 e 1994 (Bicampeão).
  • Campeão da Copa Renner:
    • 1997.
  • Campeão da Taça Maria Quitéria:
    • 1998.
  • Campeão da Taça Vivaldo Tavares:
    • 1955.
  • Campeão da Taça Walter Passos:
    • 1962.
  • Taça Bernardo Martins Catharino:
    • 1953, 1954 e 1955 (Tricampeão).
  • Campeão da Taça Otávio Mangabeira:
    • 1951 (Inauguração da Fonte Nova).
  • Campeão Baiano de Aspirantes:
    • 1936,
    • 1938 e 1939 (Bicampeão).
  • Campeão da Taça Estado da Bahia:
    • 2000, 2002 e 2007. 

     TITULO DE 1959



    Time da final, campeão do Brasil: Nadinho, Leone, Henrique, Flávio, Vicente e Beto; Agachados: Marito, Alencar, Léo, Bombeiro e Biriba
     
    Hoje é um dia especial para todo torcedor tricolor, que certamente irá relembrar, comemorar e conhecer um pouco mais da história do seu clube de coração. Há 50 anos, o Esporte Clube Bahia vencia o Santos por 3 x 1, na grande final da Taça Brasil de 1959, que teve o seu terceiro e decisivo jogo disputado em 29 de março de 1960, no Estádio do Maracanã.

    Nos dois primeiros jogos, o Esquadrão de Aço venceu o Peixe, por 3 x 2, em plena Vila Belmiro. Na segunda, o time de Pelé calou a Fonte Nova, vencendo por 2 x 0.

    Um título nacional, que tornou o Bahia o primeiro clube brasileiro a disputar a Libertadores da América e corou uma das mais vitoriosas gerações de atletas do Esquadrão de Aço, já que este mesmo grupo que conquistou a Taça Brasil de 59 ainda foi pentacampeão baiano (1958, 1959, 1960, 1961 e 1962), três vezes campeão do Norte-Nordeste (1959, 1961 e 1963) e Campeão da Taça da Amizade (Uruguai – 1959).

    Os gols da grande final foram marcados por Vicente, Alencar e Léo.
    Nesta histórica partida, o Tricolor baiano atuou com: Nadinho, Nenzinho, Henrique e Beto; Flávio e Vicente; Marito, Alencar, Léo, Mário e Biriba.

    Um fato curioso da campanha do Bahia, nesta Taça Brasil é Efigênio Bahiense, o Geninho, foi o treinador durante toda a competição e após a derrota na Fonte Nova, por 2 x 0, o treinador que conduziu o time, na final no Maracanã, foi o argentino Carlos Volante.

    Ao chegar em Salvador, este grupo foi saudado por uma multidão, que saiu em carreata pela cidade, ovacionados pela população soteropolitana e pela Nação Tricolor.


    A Taça Brasil foi o primeiro grande torneio nacional, reunindo os 15 principais campeões estaduais. Além do Bahia, Santos, São Paulo, Vasco da Gama, Atlético/PR, Atlético/MG, Grêmio, Sport/PE, Rio Branco/ES, Hercílio Luz/SC, Auto Esporte/PB, ABC/RN, Ceará/CE, CSA e Tuna Luso, disputaram esta competição.


    Na campanha de 1959, em jogos de ida e volta, o Bahia eliminou CSA, Ceará, Sport, Vasco e Santos. O Esquadrão de Aço disputou 14 jogos, venceu 09, empatou 02 e perdeu 03, marcou 25 gols e sofreu 18. Léo ainda foi artilheiro da competição, com 08 gols marcados.

    Ficha do jogo:

    BAHIA (BA) 3 x 1 SANTOS (SP)

    Data: 29 / 03 / 1960
    Local: Maracanã
    Árbitro: Frederico Lopes
    Gols: Coutinho 27′, Vicente 37′ / 1º T; Léo 47s ,Alencar 31 / 2º T.
    BAHIA: Nadinho, Beto, Henrique, Flávio e Nenzinho; Vicente e Mário; Marito, Alencar, Léo e Biriba. Técnico: Volante
    SANTOS: Lalá, Getúlio, Mauro, Formiga e Zé Carlos; Zito e Mário, Dorval, Pagão, depois Tite, Coutinho e Pepe

    Confira a campanha:


  • Bahia 5 x 0 CSA
  • Bahia 2 x 0 CSA
  • Bahia 0 x 0 Ceará
  • Bahia 2 x 2 Ceará
  • Bahia 2 x 1 Ceará
  • Bahia 3 x 2 Sport
  • Bahia 0 x 6 Sport
  • Bahia 2 x 0 Sport
  • Bahia 1 x 0 Vasco
  • Bahia 1 x 2 Vasco
  • Bahia 1 x 0 Vasco
  • Bahia 3 x 2 Santos
  • Bahia 1 x 2 Santos
  • Bahia 3 x 1 Santos - Jogo Final


Um resumo dos dias de glória. Ser campeão de todas as categorias na Bahia já não tinha graça. O Bahia precisava do título nacional, o segundo da sua história repleta de glórias e vitórias impossíveis.

A mística do gol salvador em cima da hora, do resultado difícil fora de casa, da virada inacreditável, do amor à camisa acima de tudo, prevaleceu e encantou todo o Brasil. Foi o mais inesquecível de todos os títulos e vai ficar para sempre na lembrança da nação tricolor. Esse especial é uma homenagem aos torcedores que nunca deixaram de acreditar nesse sonho.

Uma estréia enjoada - 02/ 09/88

A campanha do tricampeão estadual começou numa Sexta-feira à noite, com um enjoado empate de 1x1 com um pequeno Bangu na Fonte Nova. Renato fez um lindo gol aos 30 minutos, depois de amortecer a bola com categoria e chutar forte, sem chance para o goleiro Palmieri. O Bahia recuou e cedeu o empate, levando a partida para os pênaltis. Ganhou de 6x5 e marcou os primeiros dois pontos da longa estrada rumo a classificação.


Bahia 1 (6) x 1 (5) Bangu

Bahia: Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Pereira, e Paulo Robson; Gil, Zé Carlos e Bobô; Osmar, Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Bangu: Palmieri, Marcelo, Ari, André Luís e Racinha; Robson ( Mário Rossini ) ,Tobby e Macula; Gilson, Nando e Ésio (Julinho).
Técnico: João Francisco
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: Ulysses Tavares da Silva Filho (SP)
Público: 29.066
Gols: Renato, aos 30 minutos do 1° tempo e André Luís, aos 20 minutos do 2° tempo
Cartões amarelos: Renato, Palmieri, Gilson e Macula.

A Freguesia - 07/09/88



No dia da Independência, sete de setembro, o Bahia enfrentou seu freguês de meia centena de partidas, o Vitória, tradicional adversário. Uma falha do zagueiro Estevam, que jogou no próprio Bahia, provocou a entrada livre de Bobô, que tocou na saída de Borges, apara fazer o único gol da partida, o primeiro triunfo do campeão brasileiro no tempo normal.

Evaristo de Macedo colocou no time o ex-junior Dico para atuar avançado, pedindo a Renato que caísse pela direita do ataque. Osmar jogou no meio campo junto com Bobô e o Bahia não agradou tanto a torcida, vencendo muito mais pela incompetência do adversário que por seus próprios méritos.

Bahia 1x0 Vitória

Bahia: Ronaldo, Edinho, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Gil (Zé Carlos ) , Bobô e Osmar; Renato, Dico e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Vitória: Borges, Edinho, Estevam, Doroteo Silva e Luciano; Bigu, Bem Hur e Gérson; Isael (Rosinaldo), Hélio (Ederlane), e Hugo.
Técnico: Orlando Fantoni.
Local: Fonte Nova (Salvador) Juiz: Pedro Carlos Bregaldas (RJ)
Renda: Cz$15.206.200
Gol: Bobô, aos 8 minutos do 1° tempo.
Cartões amarelos: Luciano, Bobô, Rosinaldo e João Marcelo.

Bahia goleado - 10/09/99



A estréia do Bahia fora de casa revelou-se um grande e frustrante fracasso, gerando reações na crônica esportiva e na torcida. Numa tarde de Sábado, o time foi goleado pelo Fluminense pôr 3x0 e voltou a Salvador de cabeça baixa, questionado pôr todos, que passaram a cobrar principalmente do atacante Osmar, esquecido do caminho das redes no campeonato. Edinho, Washinton e Rangel encheram a mala do goleiro Ronaldo com três gols, pouco para a superioridade do Flu.

Preocupado com o poderio do adversário, Evaristo exagerou no esquema defensivo. Colocou Sales, que tem facilidade no desarme, e Gil, outro volante., armando o meio campo com Bobô e Zé Carlos. Osmar, isolado na frente, e Sandro, sumiram do jogo, levando a culpa pelo fracasso.

Fluminense 3x0 Bahia

Fluminense: Ricardo Pinto, Polaco, Rangel, Edinho e Eduardo; Donizetti, Jandir e Romerito; Marcelo Henrique (Cacau) , Washinton e Andrioli (Charles).
Técnico: Sérgio Cosme
Bahia: Ronaldo, Edinho, Pereira, João Marcelo e Paulo Robson; Sales, Bobô e Zé Carlos; Osmar (Renato), Gil e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Juiz: Romualdo Arppi Filho (SP)
Público: 5.464
Gols: Bahia - Edinho, aos 27 minutos do 1° tempo, Washinton, aos 17 e Rangel, aos 29 minutos do 2° tempo
Cartão amarelo: Jandir



A reabilitação - 18/09/88

Durante a semana seguinte ao fiasco do Flu, Evaristo consertou os erros para enfrentar outra equipe do Rio, o poderoso Flamengo. Nem o goleiro Milagres evitou que o campeão brasileiro conseguisse se reabilitar. E nada como uma vitória sobre o flamengo, nem que pôr apenas 1x0, para a torcida sorrir de novo.

Desta vez, Evaristo de Macedo preferiu o mais simples e resolveu não inventar. Colocou apenas Gil de volante e deu outra chance a Renato no comando do ataque. Depois do gol de cabeça de Bobô, o Bahia teve outras oportunidades de marcar, mas o placar permaneceu inalterado.

Bahia 1x0 Flamengo

Bahia: Ronaldo, Edinho, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Gil, Zé Carlos e Bobô; Osmar (Dico), Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Flamengo: Milagres, Xande, Aldair, Darío Pereyra, e Leonardo; Delacir. Aílton e Luvanor; Alcino, Luís Carlos ( Cacaio) e Zinho.
Técnico: Candinho.
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José de Assis Aragão (SP)
Público: 35.627
Gol: Bobô
Cartões amarelos: Bobô, João Marcelo e Xande.

Incrível Empate - 25/09/88

A vitória sobre o Goiás, dia 25, no Domingo, parecia garantida. Zé Carlos e Sandro abriram vantagem de 2x0 ainda no primeiro tempo. O retrospecto prova que dificilmente o Bahia deixa escapar um triunfo quando começa a vencer uma partida. Só que ninguém nos avisou que o Goiás poderia receber um imenso apoio da torcida no estádio Serra Dourada e empatar a partida em 2x2, o que levou o jogo aos pênaltis e deu a vitória ao Goiás.

Goiás 2(4) x 2(2) Bahia

Goiás: Eduardo, Válter, Neo, Ronaldo, Castro e Jorge Batata; Uidemar, Fagundes (Banevam), e Péricles (Tiãozinho); Niltinho, Túlio e Wallace.
Técnico: Robson Alves
Bahia: Ronaldo, Edinho, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Gil, Zé Carlos e Bobô; Osmar (Marcelino), Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Local: Serra Dourada (Goiânia)
Juiz: José Roberto Wrigth - RJ
Público: 4.378
Gols: Zé Carlos, aos 6 e Sandro, aos 25 do 1º tempo e Túlio, aos14 do 2º
Cartão Amarelo: Zé Carlos e Válter

Fragilidade - 02/10/88

O Bahia começou o jogo com um empate em pleno Mineirão, diante da imensa torcida do Atlético Mineiro. A partida acabou indo para os pênaltis e, dessa vez, o Galo não deixou por menos e marcou 4x1. O tricolor voltou para Salvador com a confiança da torcida abalada, mas satisfeito com o ponto conquistado.

Atlético/MG 1(4) x Bahia 1 (1)

Atlético/MG: Rômulo, Luís Cláudio, Flávio, Luizinho e Paulo Roberto; Edilson, Moacir e Marquinhos; Adilson (Vânder Luís), Renato e Élder (Ilton).
Técnico: Telê Santana
Bahia: Sidmar, Edinho, João Marcelo, pereira e Paulo Robson; Gil, Paulo Rodrigues e Bobô; Osmar, Zé Carlos e Sandro (Dico).
Técnico: Evaristo de Macedo
Local: Mineirão (Belo Horizonte)
Juiz: Pedro Carlos Bregalda (RJ)
Público: 10.339
Gols: Adilson, aos 38 minutos do 1º tempo e Zé Carlos, aos 30 minutos do 2º tempo.
Cartões Amarelos: Gil, João Marcelo, Paulo Rodrigues, Flávio e Bobô.

Vaias para ele - 09/10/88



O Bahia recebeu o Sport, adversário da 2ª fase, em casa, com toda a sua torcida, mas não fez um bom espetáculo. O time jogava devagar e os torcedores, insatisfeitos, começaram um imenso coro de vaias ao técnico.

A partida terminou empatada em 1x1 no tempo regulamentar e a decisão foi para os pênaltis.

Bahia 1(5) x Sport 1(4)

Bahia: Sidmar, Edinho, Newmar, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Zé Carlos e Dico (Sales); Gil, Osmar (Renato) e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Sport: Flávio, Betão, Vagner, Basílio, Cláudio e João Pedro (Capone); Dinho (Nando), Neco e Ribamar; Robertinho, Zico e Edson.
Técnico: José Amaral
Bahia 1(5) x Sport 1(4)
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: Ulysses Tavares da silva Filho (SP)
Público: 12.750
Gols: Sandro 22 e Neco 25, no 1º
Cartões Amarelos: João Pedro e Neco

Evaristo 2x0 - 16/10/88



Pressionado pela torcida, chateada com um péssimo futebol, o Bahia caminhava para um empate sem graça, de 0x0 com o atlético Paranaense, na Fonte Nova, quando Renato abriu o placar, aos 29 minutos do 2º tempo. Logo depois, Zé Carlos tranqüilizou a torcida com o 2º gol. Evaristo foi quem ganhou o jogo: colocou Renato, autor do 1º gol, no lugar do lento Osmar.

Bahia 2x0 Atlético/PR

Bahia: Sidmar, Edinho, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; (Tarantini); Paulo Rodrigues, Gil e Zé Carlos; Osmar (Renato), Bobô e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Atlético/PR: Marolla, Odemílson, Juninho, Adilson e Miranda; Wilson Prudêncio, Roberto Cavalo e Dicão (Oliveira); Carlinhos, Agnaldo ( Manguinha), e Marquinhos.
Técnico: Nelsinho
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José de Araújo Oliveira Filho (PE)
Público: 8.070
Gols: Renato 29 e Zé Carlos 39, no 2º tempo
Cartões Amarelos: Gil, Adilson e Paulo Robson

Futebol de Campeão - 22/10/88



O Bahia teve uma tarde feliz neste dia de Sábado, no Morumbi. Bobô deu o primeiro passo para uma importante vitória sobre o São Paulo, fazendo 1x0 logo aos 11 minutos. Zé Carlos garantiu a vitória, que deixou o tricolor na 2ª colocação do grupo B, atrás apenas do Vasco.

São Paulo 0x2 Bahia

São Paulo: Rojas, Zé Teodoro, Adilson, Ivan e Ronaldo; Flávio, Raí e Paulo César; Mário Tilico, Lê e Edivaldo.
Técnico: Cilinho
Bahia: Sidmar, Edinho, (Tarantini0, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô (Sales); Zé Carlos, Renato e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo
Local: Morumbi (São Paulo)
Juiz: Arnaldo César Coelho - RJ
Público: 5.926
Gols: Bobô e Zé Carlos

Salvação - 30/10/88



Um chute violento de Pereira, em cobrança de falta, transformou o zagueiro em herói da vitória de 1x0 sobre o Palmeiras do lateral-direito Zanata, ex-ídolo do tricampeão baiano. Mais uma vez o Bahia se mostrou eficiente na defesa, bem protegido pelo sólido meio campo. O palmeiras trouxe a Salvador uma boa equipe, com destaque para o baiano Lino.

Bahia 1x0 Palmeiras

Bahia: sideram, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô; Zé Carlos, Renato e Marquinhos (Dico).
Técnico: Evaristo de Macedo
Palmeiras: Zetti, Zanata, Toninho, Heraldo e Félix; Lino, Amauri e Sílvio( Gerson Caçapa); Tato, gaúcho e Mauro (Ditinho Souza).
Técnico: Ênio Andrade
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: Carlos Elias Pimentel
Público: 36.337
Gol: Pereira, aos 27 minutos do 2º tempo
Cartões Amarelos: Lino, Zanata, Amauri, Paulo Robson e Gil

Um carrasco chamado Nilson - 06/11/88

A ducha de água nas pretensões do Bahia foi provocada pôr um centroavante desconhecido que, de um momento para o outro, transformou-se em artilheiro e principal revelação da Copa União. Nilson fez três gols, todos no 2º tempo, e aplicou a goleada do Internacional em cima do tricolor no estádio Beira Rio. Quem iria imaginar que, alguns meses depois, o mesmo Bahia voltaria ao beira Rio para enfrentar o Inter em circunstâncias bem diferentes?

Internacional 3 x 0 Bahia

Internacional: Taffarel, Luiz Carlos, Aguirregaray, beto e Casemiro; Norberto, Luis Fernando e Leomir (Valdir); Maurício (Hêider), Nilson e Edu.
Técnico: Abel
Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, pereira e Paulo Robson; Sales, Paulo Rodrigues e Bobô (Dico); Zé Carlos, Renato e Marquinhos (Sandro).
Técnico: Evaristo de Macedo.
Local: beira Rio (Porto alegre)
Juiz: José Roberto Wright- RJ
Público: 26.855 Gols: Nilson, aos 18, 21 e 45 minutos do 2º tempo
Cartões Amarelos: Luiz Carlos, Luís Fernando e Bobô

Triste Fim - 09/11/88

Numa Quarta feira à noite, todo torcedor do Bahia virou Goiás desde criancinha, já que o tricolor dependia, além de seu próprio mérito no jogo contra a Portuguesa, de uma derrota do Grêmio diante do Goiás. A classificação teve que ser adiada. O Grêmio venceu de 2x0 e o Bahia não passou de um morno 0x0 contra a Lusa.

Portuguesa 0x0 Bahia

Portuguesa: Waldir Peres, Chiquinho, Henrique, Eduardo e Luciano, capitão, Zenon e Toninho; Jorginho (Catatau), Kita e Ica.
Técnico: jair Picerni
Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Zé Carlos e Bobô; Gil, Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Local: Canindé (São Paulo)
Juiz: Aloísio Viug - RJ
Público: 9.553

E a Camisa Nove? - 13/11/88

O Bahia largou bem no 2º turno, ao derrotar o Cruzeiro pôr 2x1na fonte nova. A Camisa Nove continua sendo o grande grilo do Bahia. Renato começou a partida, Osmar entrou depois e nenhum dos dois foi capaz de marcar. A torcida levou o maior susto quando o cruzeiro conseguiu empatar mas, no início do 2º tempo, Sandro desencabulou

Bahia 2x1 Cruzeiro

Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô; Zé Carlos, Renato (Osmar) e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Cruzeiro: Pereira, Balu, Vilmar, Gilmar, Francisco e Wladimir; Edson Souza(Robson), Paulo Isidoro e Careca; Betinho, Hamilton e Heriberto.
Técnico: Carlos Alberto silva
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: Luís Carlos Félix - RJ
Público: 13.072
Gols: Zé Carlos, aos 23 e Vilmar aos 37 minutos do 1º tempo e Sandro, aos 3 minutos do 2º tempo
Cartões Amarelos: Edson Souza, Gilmar, Francisco, Sidmar, Hamilton e Gil

Azar em São Januário- 16/11/88

Numa Quarta feira à noite, um empate sem gols com o vasco, bicampeão do Rio e já garantido na 2ª fase, Bobô perde um pênalti decisivo, depois do tempo normal e o Bahia teve que se contentar com apenas 1 ponto. Se bem que empatar com o Vasco, que tinha uma grande equipe, e ainda pôr cima na casa do adversário, não é considerado um mau resultado.

Vasco 0(5) x 0(3) Bahia

Vasco: Acácio, Paulo Roberto, Célio, Leonardo e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Bismark (William); Vivinho, Sorato e Ernani.
Técnico: Zanata
Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Bobô e Zé Carlos; Gil, Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Local: São Januário/RJ
Juiz: José de Assis Aragão/SP
Público: 2.235
Cartão amarelo: Ernani

Bahia atola o "bugre" - 20/11/88



Continuando o giro pelo sul do país, o bahia foi a Campinas, num dia de Domingo e terminou empatando a partida em 0x0 e foi feliz nos pênaltis, ganhando de 4x3. A partida não teve predomínio de nenhuma das equipes. Os goleiros Sérgio Néri e Sidmar estiveram maravilhosos, enquanto os atacantes não acertavam a direção do gol.

Guarani 0 (3) x 0 (4) Bahia

Guarani: Sérgio Néri, Marquinhos, Marcão, Júnior e Alvéris; Tosin. Cilinho e Neto; Careca (Charles), Marco Aurélio (Pedrinho Maradona) e João Paulo.
Técnico: Eli Carlos
Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Bobô e Zé Carlos; Gil, Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Local: Brinco de ouro (Campinas)
Juiz: aloísio Viug - RJ
Público: 2.785
Cartões Amarelos: João Marcelo e Careca

A cabeça de Renato - 24/11/88

O Bahia voltou a Salvador com a responsabilidade de marcar pontos para candidatar-se a uma vaga. Pressionou o Botafogo durante toda a partida e, no final, comprovou o velho ditado "quem não faz, leva". Perder para o Botafogo em plena Fonte Nova, quando a obrigação do Bahia era fazer três pontos foi a gota d'água para a torcida tricolor, que invadiu os vestiários para expor a sua revolta. O centroavante Renato levou a pior: Humilhado, pediu para deixar o clube. A derrota acabou sendo um mal que veio para o bem: na partida seguinte, o garoto charles entrava no time para dar outro dinamismo ao ataque do bahia.

Bahia 0x1 Botafogo

Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô; Zé Carlos, Renato e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Botafogo: Gabriel, Perreco, (Renato), Wilson Gotardo, mauro Galvão e Vítor; Carlos Alberto, Luisinho e Carlos Magno; Mazolinha, Paulinho Criciúma e Gustavo.
Técnico: Jair pereira.
Local: Fonte Nova (salvador)
Juiz: José Araújo Oliveira Filho - PE
Público: 11.843
Gol: Carlos magno, aos 42 do 2º tempo
Cartões Amarelos: Luisinho, Paulo Robson, João Marcelo e Renato.

Charles, o anjo aos 45 - 27/11/88



A torcida tirou Renato na marra e o Bahia cresceu de produção. Encarou o Corinthians, que vinha bem no 2º turno e foi superior. O veloz Marquinhos substituiu Bobô e Charles entrou no lugar de Sandro nos últimos 15 minutos de jogo. O anjo fez um a belíssima jogada e marcou um dos gols mais bonitos da rodada.

Bahia 2x0 Corinthians

Bahia: Sidmar, Tarantini, Newmar, pereira e Edinho; apulo Rodrigues, Gil e Bobô (Marquinhos) Zé Carlos, Sandro, Charles e Dico.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Corinthians: Ronaldo, Marcelo, Denilson e Dida; Biro-Biro, Gilberto Costa e Sérgio Gil (Aílton); Marcos Roberto, Viola (Ronaldo Marques) e João Paulo.
Técnico: José Carlos Fescina
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José Roberto Wright - RJ
Público: 15.045
Gols: Pereira, aos 29 e charles, aos 45 do 2º tempo
Cartões Amarelos: Marcos Roberto, Newmar e Márcio

Charles usa a cabeça - 1°/12/88




O esquecido Charles, baiano de Itapetinga, estava disposto a ganhar a posição. Em Criciúma o bahia teve muitos problemas em levar para casa os três pontos. O time da casa caminhava para o rebaixamento e não podia perder de jeito nenhum. Porém, graças a uma esquisita jogada de Charles, a vitória tricolor foi definida aos 23 minutos do 2º tempo.

Criciúma 0x1 Bahia

Criciúma: Luis Henrique, Sarandi, Solis, silva e Rebequi; Derval, Edvílson e Adílson Heleno; Sérgio Oliveira (Grizzo), Edmílson e Paulo Sérgio (Vanderlei).
Técnico: Ernesto Gudes.
Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Dico; Zé Carlos, (Marquinhos), Bobô e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Local: Heriberto Hülse (Criciúma)
Juiz: Dilcídio Wanderley Boshchilia - SP
Público: 5.675
Gol: Charle, aos 23 do 2º tempo
Cartões Amarelos: Sidmar, Silva e Charles.

Ulisses dá força ao coxa branca - 04-12-88

O Bahia estava de novo firme no páreo e foi a Curitiba enfrentar um concorrente direto. Precisando de mais uma vitórias para continuar na luta, o Bahia se deu mal ao perder do Coritiba. Disputando palmo a palmo uma vaga para as quartas-de-final, o tricolor voltou para Salvador com apenas uma alternativa: vencer, para passar para a próxima fase.

Coritiba 2x0 Bahia

Coritiba: Rafael, Márcio, Vica, João Pedro e Marquinhos; Júnior, Osvaldo e Tostão; Tarciso (Kazu), Chicão (Sanabria) e Carlos Alberto.
Técnico: Valdir espinosa
Bahia: Sidmar, Tarantini, João Marcelo., Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Dico; Zé Carlos, Charles e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Local: Antônio do Couto Pereira (Curitiba)
juiz: Ulisses Tavares da Silva Filho - SP
Público: 19.309
Gols: Chicão, aos 47 do 1º tempo e aos 12 do 2º tempo
Cartões Amarelos: Pereira e João Pedro.

Campeão Paulista com Doutor e tudo - 7/12/88



A volta de Sócrates, jogando no Santos, motivou o público a comparecer à Fonte Nova para ver o Bahia enfrentar o mesmo adversário da decisão da Taça Brasil de 1959. E o Bahia voltou a vencer, com um gloriosa goleada de 5x1.

Bahia 5 x1 santos

Bahia: Sidmar, Edinho (Tarantini), João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Zé Carlos; Osmar (Sandro), Charles e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Santos: Nilton (ferreira), Heraldo, Nildo, Cássio e Luís Carlos; César Sampaio, Mendonça e Sócrates; César Ferreira, Junior (Marco Antônio Cipó) e Giba.
Técnico: Marinho Perez
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José Araújo de Oliveira Filho-PE
Público: 20.817
Gols: Zé Carlos, aos 14 e Sócrates, aos 28 do 1º tempo. Charles, aos 3, Cássio, contra, aos 9, Marquinhos, aos 13 e Zé Carlos aos 42 do 2º tempo.
Cartão amarelo: Marco Antônio Cipó
Expulsão: João Marcelo, aos 32 do 2º tempo.

Lá se foi um tetra - 11/12/88



Ninguém poderia segurar o Bahia. Nem mesmo o Grêmio, tetra campeão gaúcho, garantido nas quartas-de-final. O Bahia confirmou a condição de um dos candidatos a uma vaga para a próxima fase. O time jogou um grande futebol, com um toque de bola rápido e envolvente. O ataque voltou a funcionar com Charles de centroavante e Marquinhos, na ponta esquerda. O tricampeão baiano venceu fácil e mostrou que tinha time para chegar às finais.

Bahia 3x1 grêmio

Bahia: Sidmar, Edinho, (Tarantini), João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Zé Carlos; Osmar(Sandro), Charles e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo
Grêmio: Mazzaropi, Fábio, Trasante, Amarala e Aílton; Bonamigo, Cristóvão e Cuca; Jorginho (Almir), Marcus Vinícius e Jorge Veras (Serginho).
Técnico: Rubens Minelli
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José de Assis Aragão SP
Público: 49.851
Gols: Pereira, aos 6, Cuca, aos 31 e Marquinhos, aos 40 minutos do 1º tempo. Zé Carlos, aos 44 do 2º tempo.

A estrela não se apaga - 15/12/88



Tudo pronto para a classificação. Bastava derrotar o quase rebaixado santa Cruz em recife. O Bahia saiu na frente, mas o Santa empatou cedo demais, apenas três minutos depois. E Alexandre, de cabeça, assustou o Bahia com um gol de cabeça, dando a vitória a Santa Cruz.

Santa Cruz 2x1 Bahia

Bahia: Sidmar, Edinho, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Zé Carlos e Gil; Osmar (Sandro), Charles e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Santa Cruz: Banana Orlando, Gonçalves, Alexandre, e Valdemir; Ragne, Almir e Ataíde; Sérgio China, Ramon (Mazio) e Rinaldo.
Técnico: José Amaral.
Local: José do Rego Maciel (Recife)
Juiz: Dulcídio Wanderley Boshcilla - SP
Público: 5.243
Gols: Marquinhos, aos 27 e Sérgio China, aos 30 minutos do 1° tempo. Alexandre, aos 23 do 2° tempo

Bahia vira, vira - 18/12/88



E o Bahia entrou para pegar o América com a tranqüilidade de ser primeiro clube classificado no 2° turno, confirmando a condição de terceiro lugar no Brasil, com uma boa virada de 2x1.

Bahia 2x1 América

Bahia: Sidmar, Edinho, João Marcelo, Pereira e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô (Osmar); Zé Carlos, Charles e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo
América: Paulo Victor, Nival, Antônio Carlos, Fábio e Cláudio Neves; Josenílton, Anderson e Pedro Paulo; Paloma Álvaro), Vagner e Valmir.
Técnico: Pinheiro
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José Araújo de Oliveira Filho - PE
Público: 18.118
Gols: Valmir, aos 17 do 1° tempo, Marquinhos, aos 10 e Zé Carlos, aos 19 do 2° tempo

Charles: sorte e abraço - 29/01/89



O Bahia foi a recife com a responsabilidade de trazer pelo menos um empate para decidir a vaga na Fonte Nova, apoiado pela torcida. Aos seis minutos do 1° tempo, a classificação parecia escapar depois de uma cabeçada de Nando que Ronaldo tentou defender sem sucesso. N 2° tempo, o Sport voltou com vontade de garantir o resultado e preocupou-se demais em defender. Foi aí que surgiu a chance do empate.

Sport 1 x1 Bahia

Sport: Flávio, Betão, Vagner Basílio, Marco Antônio e Capone; Dinho, Zico(Neco) e Ribamar; Robertinho, Nando e Edson (Joelson).
Técnico: Carlos Gainete
Bahia: Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô; Zé Carlos, Charles e sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Local: Ilha do Retiro (Recife)
Juiz: Carlos Sérgio Rosa Martins - RS
Público: 39.767
Gols: Nando, aos 6 minutos do 1° tempo e Charles, aos 32 do 2° tempo
Cartões Amarelos: Paul Robson e João Marcelo

Haja coração tricolor - 1/02/89



O jogo do sofrimento não teve sequer um golzinho em 120 minutos. O ataque do Bahia não esteve bem, sem conseguir armar jogadas. O empate no tempo normal forçou uma prorrogação de 30minutos. O coração d torcedor tricolor não agüentava mais. Quando Nando apareceu na frente do gol para marcar, ninguém quis ver. Mas, o antes esquecido Ronaldo estava lá para defender e permitir a presença do Bahia nas semifinais.

Bahia 0x0 Sport

Bahia: Ronaldo, Tarantini, Claudir, João Marcelo e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô (Dico); Zé Carlos, Charles (Osmar) e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Sport: Flávio, Betão, Vagner Basílio, Marco Antônio (Aílton) e João Pedro; Ribamar, Dinho e Zico (Neco); Robertinho, Nando e Edson.
Técnico: Carlos Gainete.
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: José de Assis Aragão-SP
Público: 52.429
Cartões Amarelos: Dinho, Gil e Ronaldo

O empate valeu - 12/02/89



Para alguns, o Bahia já tinha ido longe demais, incomodando e chegando a semifinalista da Copa União. O técnico Evaristo não armou o time para se defender exclusivamente. O Bahia também atacou e partiu para cima do Flu. No segundo tempo, chegou a dominar a partida. Mas o gol não veio. O empate até que foi um bom resultado, já que o Bahia, com melhor campanha, jogava por resultados iguais.

Fluminense 0x0 Bahia

Bahia: Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir e Paulo Robson; paulo Rodrigues, Gil e Bobô (Dico); Zé Carlos, Charles (Osmar) e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Fluminense: Ricardo Pinto, Carlos André, Edson Mariano, Edinho e Edgar; Jandir, Donizetti e Romerito; Andrioli, Cacau (Sílvio) e Washington.
Técnico: Sérgio Cosme.
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Juiz: Carlos Sérgio Rosa Martins-RS
Público: 34.421
Cartões amarelos: Paulo Rodrigues, João Marcelo e Cacau.

Depois do susto, o delírio



A torcida lotou a Fonte nova, quebrando o recorde de público do estádio. 110.000 pessoas se aglomeravam para ver, no princípio do jogo, aquilo que não queriam: Nos 2 primeiros minutos de jogo, Washington aproveita um erro d zagueiro Newmar e chuta direto para marcar gol. Mas bastou um cruzamento de Tarantini para Bobô dar uma cabeçada e empatar a partida. No princípio do 2° tempo, o delírio: gila chuta de dentro da área e coloca o bahia na Libertadores da América

Bahia 2x1 Fluminense

Bahia: Ronaldo, Tarantini, Newmar, Claudir e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô (Dico); Zé Carlos, Charles (Osmar ) e Sandro.
Técnico: Evaristo de Macedo
Fluminense: Ricardo Pinto, Carlos André, Edson Mariano, Edinho e Edgar; Jandir, Donizetti e Paul Andrioli; Romerito (Zé Maria), Cacau (Sílvio e Washington.
Técnico: Sérgio Cosme
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: Dulcídio Wanderley Boschilla - SP
Público: 110.438
Gols: Washington, aos 2 minutos e Bobô aos 20 minutos do 1°tempo e Gil, aos 10 minutos do 2° tempo
Cartões Amarelos: Donizetti, Gil e Paul Robson

Bobô vira o jogo - 15-02-89



Na 1ª partida da decisão do título, o Bahia ficou sem dois de seus principais jogadores, Gil e Paulo Robson, ambos suspensos. Edinho e Osmar entraram para substituí-los.
O Internacional entrou em campo com a força da tradição e o tabu de nunca Ter perdido para o Bahia em jogos oficiais. Aos 19 minutos, um gol do meia Leomir fez a torcida ficar desacreditada de uma reação. Mas ela veio. Bobô (sempre ele), de cabeça, tirou o Bahia do sufoco.
No 2° tempo, o mesmo Bobô chutou para garantir a vitória parcial tricolor.

Bahia 2x1 Internacional

Bahia: Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir e Edinho; Paulo Rodrigues, Zé Carlos e Bobô; Osmar, Charles (Sandro) e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo.
Internacional: Taffarel, Luiz Carlos (Diego Aguirre), Aguirregaray, Nenê e João Luis; Norberto, Luis Carlos Martins e Leomir; Maurício (Hêider), Nilson e Edu.
Técnico: Abel
Local: Fonte Nova (Salvador)
Juiz: Romualdo Arppi Filho-SP
Público: 90.502
Gols: Leomir, aos 19 e Bobô, aos 36 minutos do 1° tempo e Bobô, aos 5 minutos do 2° tempo
Cartão Amarelo: Nenê
Expulsão: Nenê , aos 38 do 2° tempo

Campeão dos Campeões - 19/02/89



O Bahia foi a Porto alegre para a grande decisão e , desde o início, jogou como um campeão: aberto, no ataque, com amor à camisa. O Inter teve duas chances no 1° tempo, mas estava descontrolado e inseguro. O Bahia aproveitou a fragilidade do time gaúcho e partiu para cima. Conseguiu manter o resultado mais do que favorável de 0x0: O Bahia é consagrado campeão do Campeonato.

Internacional 0x0 Bahia

Internacional: Taffarel, Luís Carlos Winck, Norton, Aguirregaray e Casemiro; Norberto, Luis Fernando e Luís Carlos Martins; Maurício(Hêider, Nilson e Edu (Diego Aguirre).
Técnico: Abel
Bahia: Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir (Newmar) e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Gil e Bobô (Osmar); Zé Carlos, Charles e Marquinhos.
Técnico: Evaristo de Macedo
Local: Beira-Rio (Porto Alegre)
Juiz: Dulcídio Wanderley Boschilla- SP
Público: 79.598
Cartões Amarelos: Norberto, João Norberto e Gil